domingo, 8 de abril de 2012

Nazareth - Rampant

     Não poderia iniciar esta empreitada de outra forma.

Nazareth é uma baita banda

     Formada nos idos da década de 60, em Dunfermline, na Escócia, o Nazareth se tornou mundialmente conhecido por algumas de suas baladas românticas (e segundo algumas más línguas enjoadas). Bem, se você só conhece a banda assim este disco irá te surpreender, pois o que tem aqui é um contagiante rock n' roll bem tocado e em alto e bom tom! Felizmente eles ainda tão na ativa fazendo shows incríveis e para nossa sorte meio sócios daqui do Brasil (basta dizer que fazem turnês por aqui em média duas vezes por ano, sem contar as lendas urbanas de que o vocalista Dan McCafferty tem um apartamento em Curitiba e o atual baterista Lee Agnew uma casa em Itapema, no litoral de SC).
     Sobre o Rampant, este é o quinto álbum de estúdio da banda, lançado em 1974, com a formação original e produzido por ninguém menos que o na época recém ex-Deep Purple Roger Glover (que além de excelente baixista, produziu discos muito bons ao longo do tempo). Por aí já temos uma ideia da influência dos caras. Já ia me esquecendo de comentar, este é o terceiro álbum do Nazareth produzido por ele. Também conta com uma pequena ponta do eterno tecladista do Purple Jon Lord no teclado em duas faixas e no sintetizador na última. Quanto as baladas, aqui você ouvirá apenas uma, Sunshine, que por sinal é uma das melhores de toda a carreira deles. Ainda não convencido de como esse negócio merece uma audição, então vamos a um faixa a faixa:


Aperta play aí...

     Silver Dollar Forger (Parts 1&2): Hard Rock em seu significado mais clássico. Guitarra mostrando a que veio seguindo por uma excelente cozinha. E é claro, ele que é sem dúvida o destaque do disco, o vocalista Dan McCafferty cantando sobre chegar em casa depois de fugir da cadeia. Música perfeita para abertura, tanto que é a que a banda usa hoje para começar seus shows. Só não entendo porque dividir em duas partes seguidas. Enfim, provavelmente pensando no lançamento em single, tanto é que eles tem esse "costume" em vários discos...
     Melhor que palavras só ouvindo:



     Glad When You're Gone: Não sei sé é porque tem o Jon Lord, mas essa me lembra o Deep Purple do começo ao fim. Sonoridade excelente, com belos riffs vindo do guitarrista espanhol Manny Charlton. Atenção ao solo dele por volta dos 2:00 minutos.

     Loved And Lost: Eis aqui um dos pontos alto do Rampant. Faixa fantástica, com um clima bem particular combinando com a letra. Segundo eles é melhor ter amado e perdido do que nuca ter amado. Eu sei, essa parte soa um pouco clichê, mas ouça a dita cuja que você vai gostar. Essa gravação faz parte de um "pequeno concerto" promovido pelo grande Alice Cooper em 1977.


     Shanghai'd In Shanghai: O que dizer dessa? Outro hard bem tocado, com a presença do Jon Lord nos teclados. Não é das mais memoráveis do disco, mas vale a audição. E chegamos na metade do disco.

     Jet Lag: Excelente música! Melodia cativante, excelente instrumental e solos. Sem dúvida alguma uma das melhores do álbum. A letra divertida e leve é meio que uma descrição de uma viagem da banda aos Estados Unidos, mas sem puxação de saco ou algo do tipo. Se você ainda tiver em dúvida sobre a qualidade do Nazareth, depois dessa não terá mais! A propósito, não perca um segundo dela, pois vale a pena.

     Light My Way: Depois da excelente Jet Lag, temos esta que para mim é a mais fraca do disco. Não chega a empolgar, parece que está sendo preparado um grande clímax que não chega. Claro que ela não compromete a qualidade do trabalho como um todo, mas é daquelas que se não tivesse lá você não sentiria falta de nada.

      Sunshine: A única balada do disco, e sem dúvida a canção mais famosa dele. E com justiça, pois ela é linda! Letra em tom angustiante, com um lindo solo de guitarra perto do final. Praticamente obrigatória nos shows.

       Shapes of Things / Space Safari: E chegamos no final. O que fazer depois de uma bela balada? Bem, nesse caso, o Nazareth resolveu quebrar tudo! Único cover do disco (Shapes of Things foi lançada inicialmente em 1966 pelos Yardbirds). E que cover! Convenhamos que a original já é bem explosiva, mas aqui temos como complemento o final que a banda chamou de Space Safari, que deixa tudo muito interessante. Destaque também para a voz rasgada que Dan McCafferty faz aqui. A propósito, é nessa faixa que ouvimos sintetizadores, que deixa tudo com um clima realmente espacial, como o título sugere.

     Por  tudo isso que esse é um dos meus discos favoritos deles (só para constar, Razamanaz e Hair of the Dog não ficam atrás). E digo mais, se tiver oportunidade de ver eles ao vivo, não perca (Dan McCafferty impressiona com seu poderoso timbre, não muito diferente do passado).
     Melhor terminar por aqui que essa postagem ta ficando muito longa...
     Esta foi a primeira resenha deste blog, gostaria que quem leu comentasse o que achou, se já conhecia a banda e este disco, se concorda ou discorda. Sugestões são muito bem-vindas.
     Abraços e até a próxima!

Hiding from the light
I want to walk out in the sun

     Johnyy 99

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Começo...

     Como essa parte é difícil. Mas o que posso dizer é que meu objetivo com esse blog é escrever sobre música de uma forma totalmente pessoal, sobre aqueles discos que você gosta tanto que quer falar para outras pessoas sobre o quanto eles são bons e merecem ser lembrados.
     A princípio a ideia é fazer um comentário faixa a faixa sobre cada um, do porque de tal álbum ser especial de alguma forma.
     Espero trocar ideias com quem se identificar com as músicas (claro que com civilidade).
     Até breve com a primeira resenha (se é que deve ser chamado assim, quem ler me diga)!


Jonnyy